Friday, April 28, 2006

falando nisso...



alguns momentos que eu queria ver na telona. de gêneros variados.

1) diálogo de msn:
- Eu vou pra Londres.
- Que bom! Por quanto tempo?
- Acho que uns seis ou sete meses.
-Vai ser ótimo, você queria tanto...
digitando,narração em off,olhos marejados: os "seis ou sete" piores meses da minha vida.

2) lanchonete. casal de amigos, a protagonista e mais uma amiga. o garçom se aproxima e entrega um papel para o cara do casal. na tv da lanchonete, vanessa da mata no jô. garçom diz, meio engasgando:
- Foi ele ali, ó. (aponta pra um cara saindo da lanchonete)

"Se você quiser eu posso te dar um amor, desses de cinema.
(número de telefone)"

(sessão de risos na mesa, exceto pelo destinatário, que diz pra namorada:
- Pelo amor de Deus, me beija agora!

3) Varanda de apartamento, lua cheia, barulho de trem, um casal:
-Olha que foda a lua. É pra gente.
- Linda. É de presente.
- Não existe mais nada agora.Só a gente, a lua e o trem. Ih... a lua sumiu!
- É porque o trem parou de passar.
-Então só existe a gente.

Monday, April 17, 2006

troca-se tv



Eu encontrei quando não quis
mais procurar o meu amor
E quanto levou foi pr’eu merecer
antes, um mês e eu já não sei
E até quem me vê lendo o jornal
na fila do pão
sabe que eu te encontrei
E ninguém dirá que é tarde demais,
que é tão diferente assim do nosso amor
A gente é que sabe pequena
Ah vai
Me diz o que é o sufoco
que eu te mostro alguém a fim de te acompanhar
E se o caso for de ir à praia,
eu levo essa casa numa sacola
Eu encontrei e quis duvidar
Tanto clichê deve não ser
Você me falou pr’eu não me preocupar
ter fé e ver coragem no amor
E só de te ver,
eu penso em trocar a minha TV
num jeito de te levar
A qualquer lugar que você queira
e ir onde o vento for
Que pra nós dois sair de casa já é se aventurar
Ah vai
Me diz o que é o sossego
que eu te mostro alguém a fim de te acompanhar
E se o tempo for te levar,
eu sigo essa hora e pego carona
pra te acompanhar...


( los hermanos- último romance)

até vida real tem lá seus momentos que ficariam lindos em widescreen.

um dia eu queria ser amada assim. valer a TV de alguém. ser a "pequena".

ah, vai!me diz o que é o sufoco!

Friday, April 14, 2006

os mosquitos que se fodam


dizem que a alegria está nas pequenas coisas da vida. nessas horas eu fico especialmente satisfeita por ter mais ou menos 1,60 ( no máximo 1, 65). grande sabedoria popular.é tão babaca , mas tão bom uma felicidade gratuita, desinteressada, descompromissada, que às vezes passa quase despercebida. e quase perdemos a chance de "ser feliz sabendo"- pra mais tarde soltar com a maior facilidade do mundo que "era feliz e não sabia".

porque a gente tá sempre querendo mais. a gente tá sempre esperando mais, alçando vôos maiores.não estou defendendo a bandeira da mediocridade. mas essa "busca devairada pelo mais" às vezes me parece que só existe pra que a gente se frustre. como se a gente vivesse se auto-sabotando. e enquanto isso, estamos queimando nossos cartuchos e perdendo chances de sorrir mais. ambição demais é paranóia.

tenho pensado muito nisso. tem uma fala da meryl-embaranguei-streep em "as horas" que eu acho genial, e define muito bem tudo isso:

I remember one morning getting up at dawn, there was such a sense of possibility. You know, that feeling? And I remember thinking to myself this is the beginning of happiness. This is where it starts. And of course there will always be more. It never occurred to me it wasn't the beginning. It was happiness. It was the moment. Right then.

desde então parei de pensar no começo da felicidade. passei a acreditar que talvez ela tenha várias aparições isoladas.

Monday, April 03, 2006

em boca fechada não entra mosquito